sábado, 27 de setembro de 2008

Mais medo e terror na volta de Silent Hill

A melhor coluna de games do mundo, aliás, do universo, rola na Folha da Região. Quinzenalmente ás quintas-feiras e escrita pelo Chan.

Quando pensamos que o terror foi dizimado, detonado, cremado com muito álcool e carvão, para nunca mais voltar, ele ressurge para atazanar a vida de quem está quieto. Não estou falando do horário político na TV, com o homem-sanduíche-de-salsicha-e-batata-palha ou do companheiro de cavanhaque estilo mosqueteiro. O terror é menos aterrorizante que isso, é a volta da série "Silent Hill" em um novo game de fazer marmanjo pedir arrego.

"Silent Hill Homecoming" manda o personagem Alex para o hospital Alchemilla novamente, mas, desta vez, o cara está preso a uma maca e só vai ser solto quando pagar a consulta gratuita por fora, senão, meu amigo, é um ano de aguardo ou esperar o medão do jogador acabar e começar o jogo.

O início do game não é agradável, e piora pouco depois. Alex é levado pelos corredores do hospital, onde vê imagens nada agradáveis, como médicos que consultam pacientes sem encostar neles e diagnosticam infartos e obstruções intestinais graves como viroses; daí mandam soro na veia do coitado.Alex se depara com seu irmão nas primeiras partes do game ainda, e passa a tentar salvá-lo dos corredores do SUS com aquele monte de macas pelos corredores, mais estranho que isso é a sirene que volta a tocar, avisando o pobre personagem que o que está ruim vai piorar, afinal, esse é o aviso de "olha o que te espera, mermão".

As transições agora acontecem na frente das telas. Nada de desfocar e mudar o ambiente. Você poderá ver aquele vaso sanitário público imundo virar um VASO SANITÁRIO PÚBLICO IMUNDO. Que mudança, hein? Além disso, a pintura das paredes começará a cair, ferrugens surgirão por todos os lados, e enfermeiras de vestidinhos curtos aparecerão para agarrá-lo, mas não se anime, não são nada parecidas com a Helen Roche, estão mais para Hebe Camargo, e sem plástica, pra piorar um pouquinho mais.

Além das hebes, o jogador ainda irá encontrar diversos monstros, como os Swarm, bichos que têm aspecto de insetos.

Contando mais um pouco da trama, Alex, depois de passar uns maus bocados e alguns continues, acorda dentro de um táxi dirigido sabem por quem? Nãããão, não é a Gisele Bündchen (que bom seria se fosse ela, não?), é Travis Grady, o mesmo cara do game "Silent Hills Origins" do PSP.O passageiro acaba na sua cidade natal, a velha Shepherd's Glen, que começa a ter estranhas semelhanças com a Silent Hill.

As coincidências são ruas que possuem nomes de pessoas, placa de boas-vindas idênticas, buracos nas ruas da cidade (até parece com uma outra cidade que eu conheço) e o reduzido número de habitantes.

Essa é apenas uma pequena parte do game, muita coisa ainda vai rolar, como a exploração de um porão inundado, onde se acredita que o irmão de Alex esteja, a volta para Silent Hill mais uma vez, e um hotel onde tudo pode acontecer, até um infarto por sustos e visões de monstros que estragariam o jantar durante uma semana.

O game possui excelentes efeitos de luzes, sombras e tudo mais que possa dar um aspecto sombrio ao jogo, estilo característico da série.Se você acha que já viu de tudo, principalmente no horário político com aquele monte de esquisitice, e nada mais consegue te meter medo, nem o homem-cachorro-quente-de-um-real, nem o genérico de Dartagnan, companheiro do crustáceo aleijado de um tentáculo, jogue "Silent Hill Homecoming", mas depois não vá dormir entre a mami e o papi.


Ficha Técnica

"Silent Hill Homecoming"

Fabricante: The Collective

Distribuição: Konami

Plataformas: PC, Xbox 360 e PS3

Gênero: Quentin Tarantino pra pior

Faixa etária: 18 anos e acompanhado pelos pais





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